BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DE APARECIDA
A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecido como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, fica localizada na cidade de Aparecida, no interior do Estado de São Paulo, Brasil. É o terceiro maior templo católico do mundo. Foi inaugurada em 4 de julho de 1980 quando João Paulo II visitou o Brasil pela primeira vez. Em outra de suas visitas, passando por Aparecida, abençoou o Santuário e, em 1984, a CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé", que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas por romeiros. Tem capacidade para abrigar no seu interior 45.000 pessoas e com uma área de estacionamento de 272.000 metros quadrados.
A devoção à santa teve início em 12 de outubro de 1717, quando três pescadores encontraram no rio Paraíba do Sul, no Porto Itaguaçu, uma imagem de N.S.da Conceição. Daí em diante
os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.
A Basílica Nova é a terceira igreja que foi construída para a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A primeira foi iniciada em 1741 e inaugurada a 26 de julho de 1745; a segunda foi iniciada em 1844 e inaugurada em 24 de junho de 1888.
O Santuário Nacional de Nossa Senhora é dirigido e administrado pelos Missionários Redentoristas da Congregação do Santíssimo Redentor, desde 1894.
HISTÓRIA
Em meados da década de 1940, os missionários da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos por redentoristas, perceberam a necessidade de se erigir um novo templo para veneração e devoção do povo para com Nossa Senhora da Conceição Aparecida: era preciso um espaço mais amplo, que comportasse mais pessoas. Dessa necessidade, surgiu a idéia de se construir não uma qualquer igreja maior, mas uma basílica.
Benedito Calixto foi o arquiteto contratado para a elaboração do projeto, que foi pedido em forma de cruz grega. Em 1945, o então cardeal de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconselos Motta levou ao Vaticano o projeto da, então, futura basílica, que foi julgado como brilhante pela comissão examinadora.
CONSTRUÇÃO E ARQUITETURA
Também conhecida por "Basílica Nova", está construída sobre o Morro das Pitas, teve sua terraplanagem iniciada em 1952 e terminada em 1954. Começou a ser construída em 11 de novembro de 1955, pela Nave Norte, e seguiu para a construção da "Torre Brasília, que teve suas ferragens doadas pelo então presidente, Juscelino Kubitschek. A torre tem 18 andares, incluindo o mirante e mede 100 metros de altura. Terminada a torre, as obras seguiram para a cúpula central que mede 70 metros de altura por 78 metros de diâmetro, revestida com azulejos de porcelana vinda do Japão depois, já em meados de 1972, para a Capela das Velas e para a Nave Sul, passando depois para as Naves Oeste e Leste, e as alas intermediárias. As naves medem 40 metros de altura..
A Basílica tem dimensões monumentais, e é menor apenas que a Basílica de São Pedro, no Vaticano, medindo 173 metros de comprimento, 168 metros de largura, tem uma área construída de 23.000 metros quadrados e a área coberta mede 18.000 metros quadrados.Foram usados 40.000 metros cúbicos de concreto e 25.000.000 de tijolos.
Sobre as paredes, tijolinhos à mostra, seguindo o estilo românico do templo, constroem um entrelaçado a meia altura entre o chão e o alto das colunas
Os painéis são compostos em grande parte por azulejos e detalhes dourados, e chama a atenção para o padrão de flores.
Os elementos brasileiros, em traços sempre simples, aparecem misturados a elementos mais tradicionais, bíblicos, seguindo um estilo inspirado pelo bizantino, com suas figuras humanas bidimensionais e composições em mosaico.
O RETÁBULO DE N.S.APARECIDA
O retábulo é um enorme cenário que vai do chão ao teto da Basílica, escondendo a iluminação que vem do fundo, que ofusca a visão e impede a boa visualização. Um retábulo em azulejos dourados apresentando “A mulher vestida de sol” (Ap. 12). Este retábulo e o trabalho feito sobre ele valoriza a imagem ampliando-a e dando verticalidade o que torna ainda mais monumental o local.Para aproximar a imagem do romeiro, ela é retirada de dentro da parede, pois se trata de uma escultura e não de um quadro. Está solta, sendo vista desde a lateral, destacada da parede. Desta forma ela esta mais próxima do romeiro.E, complementando o retábulo, um painel também em azulejo sob o mezanino conta a história de Nossa Senhora Aparecida, retirada das águas do Rio Paraíba.
PRESBITÉRIO
ALTAR
O altar é central e único, pois marca a centralidade do Cristo, centro da fé cristã e centro geográfico da Basílica. Não deve haver duplicidade de altares como antes, assim foi retirado o outro presbitério montado para celebrações menores. O altar é acessado de forma igualitária de todos os lados, não há frente nem costas, todos podem rodeá-lo. Quadrado, ele pode ser usado de qualquer lado, favorecendo o ecumenismo e as celebrações de rito oriental. Está localizado num piso mais elevado que o restante do presbitério para salientar sua importância e destacar a liturgia eucarística da liturgia da palavra.
AMBÃO E CADEIRA DA PRESIDÊNCIA
O ambão e a cadeira da presidência completam a trilogia sacramental. Estão localizados em outro nível diferente do altar, e de forma a não ficarem de costas para ninguém. Junto à cadeira da presidência, duas pequenas cadeiras para acólitos ou ministros. Não se celebra mais de frente para a imagem de Nossa Senhora Aparecida, nem de costas para ela, mas com ela, que como dona da casa também preside a celebração.
BANCOS DOS CONCELEBRANTES
Em outro nível bem mais baixo, estão localizados os bancos para os concelebrantes. Estes não ficam mais no mesmo piso do altar, pois criam uma barreira à participação do povo e escondem o altar e as ações que nele se dão. Com o presbitério mais baixo há integração das quatro naves, os fiéis podem enxergar os fiéis que estão do outro lado na nave oposta. E não há necessidade litúrgica dos concelebrantes ocuparem o mesmo espaço da presidência.
Todo o piso do presbitério é em pedra branca. O branco da Luz do Cristo, iluminando a partir do centro. Debaixo do altar, do centro do presbitério, em ondas, detalhes de granito vermelho se desenvolvem e vão aumentando em direção à assembléia, a nos lembrar as águas de onde saiu a imagem de Nossa Senhora Aparecida. As três peças principais, altar, ambão e cadeira da presidência são em granito vermelho contrastando com o piso.Apenas seis degraus separam a parte mais alta do presbitério. Não é necessária muita altura para a boa visibilidade, é a boa distribuição do espaço que garante a boa visibilidade. Não deve haver obstáculos entre a assembléia e o altar, só os degraus marcam o espaço, sem correntes ou muretas. Os fiéis fora da celebração podem ter acesso ao presbitério, ao altar, simbolicamente acesso ao próprio Cristo.
CÚPULA
Finalizando o presbitério, a cúpula é o baldaquino, com iluminação especial a valorizar o local mais importante de todo o espaço. A cúpula é coberta de azulejos dourados descendo até o piso pelas quatro colunas. Do centro da cúpula desce uma cruz sobre o altar.
CAPELAS DE VELAS
É em uma das naves do Santuário Nacional que fica a capela das Velas. A sala é um espetáculo de luz que emociona os visitantes. No local há sempre uma infinidade de velas acesas, de todos os tamanhos, cuja fumaça faz desenhos na abóbada da capela. As velas revelam a fé e piedade do povo, que vem de todas as partes do País prestar devoção a Nossa Senhora. Cada vela representa um pedido, uma súplica à Santa ou um agradecimento por sua graça alcançada, mais um milagre da Santa Padroeira do Brasil.
SALA DOS MILAGRES
A sala dos milagres encontra-se no subsolo da Basílica Nova e é um dos locais mais visitados do Santuário Nacional. Criada para receber as peças entregue pelos fiéis, a sala mantém uma tradição comum a outros centros religiosos: a exposição de objetos ou declarações que confirmem o poder da graça e a proteção dos devotos. As paredes são totalmente cobertas por fotografias deixadas no Santuário como manifestação de seus sentimentos, gratidão e de preces a Nossa Senhora.
PASSARELA DA FÉ
Inaugurada em 1972, a chamada Passarela da Fé também passou por reforma. Usada para ligar a Basílica Velha à Nova, ela recebeu grades e reforços nas estruturas. A construção é de concreto, em forma de S, com 389 metros de comprimento e 5,85 de largura, levou quase dois anos para ser concluída.
A construção da ponte foi iniciada no final de 1970 e levou quase 2 anos para ser concluída. Hoje é visita obrigatória para os romeiros e, aos domingos, é palco de um espetáculo para os olhos, quando a certa hora do dia podem ser vistos milhares de visitantes passando pela passarela, após as missas, para admirar a vista que se tem dela. É um excelente ponto de atração, pois de sua parte mais alta descortina-se bela visão panorâmica da cidade de Nossa Senhora Aparecida.
Fontes:
pt.wikipediaikipédia.org
arquitetura-religiosa.arq.br/doc/art.08doc
Arquitetas:Laíde Inês Sonda, Regina Céli de Albuquerque Machado e Rafaela Asprino e Artista Plástico: Cláudio Pastro.
arquitetura-religiosa.arq.br/doc/art.08doc
Arquitetas:Laíde Inês Sonda, Regina Céli de Albuquerque Machado e Rafaela Asprino e Artista Plástico: Cláudio Pastro.
Fotos: Constantino Melo, Rosy Feros (Flickr), timblindim.wordpress.com, Carlos Mota
Formatação e pesquisa:HRubiales
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