ORIGEM DA IGREJA
Igreja (grego εκκλησια ekklesia e latim ecclesia: "Eclésia").
Esta palavra de origem grega foi a escolhida pelos autores da Septuaginta (a tradução grega da Bíblia Hebraica) para traduzir o termo hebraico q(e)hal Yahveh, usado entre os
judeus para designar a assembléia geral do "povo do deserto", reunida ao apelo de Moisés.
Igreja pode designar reunião de pessoas, sem estar necessariamente associada a uma edificação ou a uma doutrina específica.
Etimologicamente a palavra grega ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek que significa para fora e klesia que significa chamados.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

IGREJA DA CANDELÁRIA - Rio de Janeiro, Brasil - 27



IGREJA DA CANDELÁRIA
A Igreja de Nossa Senhora da Candelária localiza-se no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro, no Estado de mesmo nome, no Brasil. É um dos principais monumentos religiosos da cidade.
HISTÓRIA
SÉCULO XVII
Segundo conta a história sobre a origem da igreja, nos princípios do século XVII uma tempestade quase fez naufragar um navio chamado Candelária, no qual viajavam os espanhóis Antônio Martins Palma e Leonor Gonçalves. O casal fez a promessa de edificar uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Candelária se escapassem com vida. A nau finalmente aportou no Rio de Janeiro, e o casal fez construir uma pequena ermida no local da atual Igreja da Candelária em 1609.

SÉCULO XVIII
A igrejinha paroquial da Candelária foi reformada em 1710, mas na segunda metade do século XVIII necessitava uma ampliação. O sargento-mor Francisco João Roscio, engenheiro militar português, desenhou os planos para uma nova igreja. As obras começaram em 1775 e a inauguração, com a igreja ainda inacabada, ocorreu em 1811 em presença do Príncipe-Regente, e futuro Rei de Portugal, D. João VI. A igreja tinha nesse momento uma só nave, e os altares do interior da igreja haviam sido esculpidos por Mestre Valentim, o grande artista do estilo rococó do Rio, mas foram substituídos nas reformas posteriores.
A fachada e o projeto geral de planta em cruz latina com cúpula sobre o transepto lembram muito certas obras do barroco português, como por exemplo a igreja do Convento de Mafra(1717-1730), perto de Lisboa, e a Basílica da Estrela (1779-1790), na capital portuguesa. A fachada é particularmente bela entre as igrejas coloniais brasileiras. Como ocorre também com a maioria das igrejas coloniais do Rio, a fachada da Igreja da Candelária está voltada para a Baía de Guanabara, uma vez que essa era a via principal de entrada na cidade.

SÉCULO XIX
Algum tempo após a inauguração da igreja, o projeto foi ampliado para três naves. A nave anteriormente construída foi substituída, mas foi mantida a fachada original do projeto de Roscio. Por volta de 1856 terminou o abobadamento das naves e capelas, faltando a cúpula do transepto, que representou um grande problema de engenharia na época.
Após a intervenção de vários arquitetos, incluídos Justino de Alcântara, Joaquim Bethencourt da Silva, Daniel Pedro Ferro Cardoso e o alemão Gustavo Waehneldt, a cúpula foi finalmente concluída em 1877. As diversas partes da cúpula, em pedra de lioz portuguesa, foram feitas em Lisboa, assim como as oito estátuas que a enfeitam, esculpidas pelo português José Cesário de Salles. Quando terminada, a cúpula da Candelária era a mais alta construção da cidade.
DECORAÇÃO DO INTERIOR
A partir de 1878 começou a decoração do interior da igreja, seguindo um modelo neo-renascentista italiano, com revestimento de mármores italianos policromados nas paredes e colunas, afastando-se assim dos modelos vigentes na época colonial. O revestimento interior foi desenhado por Antônio de Paula Freitas e Heitor de Cordoville.
As magníficas pinturas murais no interior da Igreja foram encarregadas ao brasileiro João Zeferino da Costa, pintor e professor da Academia Imperial de Belas Artes, sendo essas consideradas suas obras-primas. Zeferino contou com a ajuda de um estaleiro de bons pintores como Henrique Bernardelli, Oscar Pereira da Silva e o italiano Giambattista Castagneto, entre outros. As pinturas se distribuem pelo teto das naves, cúpula e capela-mor e foram realizadas entre 1880 e o final do século XIX.
No teto da nave há seis painéis que contam a história inicial da Igreja da Candelária, desde a viagem dos fundadores até a primeira sagração, enquanto que na cúpula as pinturas representam a Virgem, as virtudes e figuras do Velho Testamento (Jessé, Isaías, David e Salomão).
Outros detalhes importantes do interior são o altar-mór do brasileiro Archimedes Memoria, os vitrais alemães e os enormes púlpitos em estilo Art Nouveau do escultor português Rodolfo Pinto do Couto (1931). Em 1901 foram instaladas as belas portas de bronze na entrada da Igreja, obra do português Teixeira Lopes.
IMPORTÂNCIA ARQUITETÔNICA
A Igreja da Candelária é uma das principais obras artísticas do século XIX brasileiro, pela qualidade dos nomes envolvidos e pela integração da arquitetura neoclássica e a decoração interna exuberante, em estilo misto neoclássico e eclético. A isso se soma a bela fachada, obra-prima do século XVIII, que demonstra uma grande harmonia no contraste entre os trechos pintados de branco e o granito escuro carioca, além dos diferentes perfis de janelas, as duas torres e o frontão clássico.
Fonte: wikipedia.pt.com
Fotos: wekipedia.pt.com, skyscrapercity.com (Wallyp), Monica Imbuzeiro, Marcelo Sokal, David Rodrigues, Stelling
Formatação e pesquisa: HRubiales

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