ORIGEM DA IGREJA
Igreja (grego εκκλησια ekklesia e latim ecclesia: "Eclésia").
Esta palavra de origem grega foi a escolhida pelos autores da Septuaginta (a tradução grega da Bíblia Hebraica) para traduzir o termo hebraico q(e)hal Yahveh, usado entre os
judeus para designar a assembléia geral do "povo do deserto", reunida ao apelo de Moisés.
Igreja pode designar reunião de pessoas, sem estar necessariamente associada a uma edificação ou a uma doutrina específica.
Etimologicamente a palavra grega ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek que significa para fora e klesia que significa chamados.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

ARTE DO VITRAL NAS CATEDRAIS E IGREJAS-10




A ARTE DO VITRAL NA BAIXA IDADE MÉDIA EUROPEIA
Se bem que o surgimento generalizado dos vitrais seja usualmente identificado com o Mundo Medieval, estando geograficamente circunscrito ao Ocidente Europeu, sobretudo à Inglaterra, à França e à Alemanha, e constituindo uma forma de expressão plástica quase que em exclusivo confinada à arte religiosa cristã, a sua proveniência pode ser traçada desde épocas bem mais remotas e a partir de outras paragens, nomeadamente do outro lado do Mediterrâneo. Claro que, antes de nos referirmos ao vitral em si, teremos que abordar a origem do vidro como material fabricado intencionalmente, uma vez que existe também vidro de origem natural, sobretudo em regiões sujeitas a intensa atividade vulcânica (em termos grosseiros, o vidro é obtido a partir de uma mistura de areia, sais e cinzas, sujeita a temperaturas relativamente elevadas, condições que eventualmente ocorrerão, a dado momento, em praias situadas próximo de vulcões). ORIGEM DO VIDRO Considera-se hoje provável que o vidro tenha sido acidentalmente descoberto por oleiros mesopotâmios ou egípcios enquanto coziam as suas peças em barro. E, de fato, os exemplos mais antigos que se conhecem de vidro fabricado por mãos humanas são contas de colar egípcias, datadas de entre 2750 e 2625 a. C. Só passados mais de dois milénios e meio, já no primeiro século da era cristã, é que o uso de vidro nas janelas seria adotado pelos Romanos, muito embora se tratasse ainda de vidraças pouco transparentes e com uma superfície bastante irregular. COLORAÇÃO NO VIDRO Descobriram-se também formas de dar cor ao vidro, recorrendo a óxidos de metais, e sabe-se da existência, em certos locais da bacia mediterrânica, de janelas ornamentais em alabastro às quais eram por vezes aplicadas peças em vidro colorido. Mas se há quem considere estes exemplos como podendo assinalar o início da arte do vitral, o certo é que existe no registo histórico um lapso de vários séculos até que surjam novamente indícios da sua utilização. De fato, até pouco depois de cumprido o primeiro milénio da nossa Era, rareiam os vestígios de vitrais. Um dos mais antigos encontrados na Europa é composto por uma colecção de vidros de várias cores, descobertos em escavações no Mosteiro de São Paulo, fundado em Jarow, Inglaterra, no ano de 686. Mas este tipo de achados constitui uma excepção. Depois desse, o mais antigo vitral figurativo conhecido no Ocidente parece ser uma imagem de Cristo, pertencente à Abadia de Lorsch, na Alemanha, e datada já do século X tardio(ver na foto). Tal fato traduz, assim, um dos mistérios com que os historiadores se têm deparado ao tentarem estabelecer o percurso evolutivo desta arte, pois a vitralaria parece surgir, de forma aparentemente espontânea, agregada à arquitectura europeia por volta dos séculos X-XI, mas numa fase já madura, o que constitui natural motivo de perplexidade, pois não se conhecem períodos intermédios de desenvolvimento.(Texto: Luiz Afonso)


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